[band-aid, prozac e outros paliativos]



sábado, setembro 04, 2004

Estava tão linda a minha menina flor de encantamento, dançando com uma graça sem jeito. No meio da música, olha para o lado e me pergunto por quem será que procura? Fico tenso só de te ver, falo besteiras que não diria na frente de nenhuma outra, deixo copos cairem e palavras escaparem. Você continua esperando alguém e meu ciúme é maior do que qualquer tragédia russa. Cada olhar na tua direção, tenho vontade de socar a cara do infeliz. Chega o seu amigo e você me abandona na pista. Me dá dois beijinhos e some. A cerveja esquentou porque quando falo contigo esqueço de qualquer coisa. As pessoas me contam que seu amigo é gay e você sabe disso. Alívio. Mas por que ele ganha selinho e eu não?

Sou cheia de besteiras e sinto tanto medo de me magoar que fujo de qualquer pessoa, mesmo você que é o maior dos encantamentos. Se você pudesse ver o raio-x do meu coração, querido, teria medo de se cortar com tantos cacos. Eu danço porque bebo e não sou boa pra você. Sou carinhosa, mas quando expresso, todo mundo pensa que já é interesse. As pessoas são fechadas e me fecho com elas. Meu amigo gay é fofo e já fui apaixonada por ele, mas os selinhos não significam nada diante de você. Porque por você eu estou interessada, sim. Mas, já disse, tenho medo. Fico apavorada quando penso que quase te dediquei uma música.

Teria desmontado com sua música, mas você oferece músicas a tanta gente. No final, saíria de lá pensando que sou mais um. Você me acha fechado? Eu sou tímido e sempre pensei que você não iria olhar pra mim. Você é tão estilosa, tão moderna, sempre uma cerveja e um cigarro, sabe tantas coisas, é musa de tanta gente. Cheguei a pensar que você não tinha coração e que só queria saber de se divertir com caras como eu, um cara que toca violão. E eu sei que você despreza carinhas que tocam violão. Nunca te ofereceria uma música. Mas teria todo o cuidado com o seu coração, pode apostar.

Apostar o quê? Não tenho o que apostar. Se aceitasse, seria o maior dos riscos, pular sem garantias, para-quedas com defeito. Investimento de risco, homens bonitos sempre são. Sabe que me surpreendeu? Um cara tão lindo, tão popular, tão latino, deveria ser um boçal, um metido, eu pensava assim. E você falava com todo mundo sempre rindo, menos comigo, sempre muito formal, olhando pra baixo. Achava que me desprezava, que me cumprimentava por educação. Agora, que você me falou tudo isso, tenho mais medo ainda. Mas posso te garantir que você é a única pessoa para quem eu ofereceria uma música hoje sem que fosse seu aniversário.

Você é tão prolixa, meu bem...

Você fala muito.

[nosso primeiro ponto em comum. ou melhor, voltas em comum]

Qual música você me ofereceria?

Vamos lá em casa que eu te mostro.

Depois eu te mostro a minha, mas é no violão. Posso?

Lá em casa tem violão. Bobo.

Miss_K | 3:47 PM |

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"Se existe Deus em agonia manda essa cavalaria que hoje a fé me abandonou"

Invento e exagero às vezes, mas é coisa pouca.

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